sexta-feira, 15 de junho de 2012

Panamices - Parte I

O serviço bancário aqui é bastante precário. Estamos muito mal acostumados no Brasil. Por exemplo: aqui eles te dão quase um mês para pagar uma conta a partir da data de fechamento. E você não consegue pagar uma conta de luz no banco. Tem lugares específicos para fazer isso. Mas em geral consegue pagá-las no supermercado. Para se cadastrar no banco online, faz uma parte na internet, mas para completá-lo tem que imprimir um papel, assinar e entregar na agência! E aí demora quase uma semana para finalizar o processo! Para poder ver o extrato do cartão de crédito, tem que adicionar o serviço manualmente no site. Estou tentando há uma semana e nada. Meio irritante. Tem uma coisa boa: a agência que fica dentro da empresa funciona das 9h às 17h.
No supermercado não existe gerenciamento de categoria e na realidade você encontra papel higiênico do lado do molho de tomate. Tudo aqui é importado, então encontra bastante produto americano. Na hora de pagar, nunca dê uma nota de 100 dólares. Os caras são neuróticos com isso. A caixa tem que preencher um papel com o número de série da nota e chamar a gerente para verificar se a nota não é falsa. Imagina. Demora um século. E cada loja tem um procedimento diferente! Aqui não pode sair com o carrinho de compras da loja. E tem um empacotador. O menino usa pelo menos 2 sacolas por vez (desperdício) e ele mesmo leva para seu carro. As pessoas estão tão acostumadas com isso que nem se esforçam. Outro dia o cara na minha frente tinha 4 itens. Como era a fila expressa, não tinha empacotador. Depois de pagar, ficou de braços cruzados esperando a caixa empacotar as coisas dele.
Aqui tem um negócio parecido com Sem Parar, mas só funciona para uma estrada. Cada concessionária tem seu próprio sistema e eles obviamente não são interligados.
Aqui não tem CEP nem número nas casas. Os endereços todos tem alguma referência importante, como Edíficio tal, na rua tal, perto do Mc Donalds. Por isso as pessoas usam muito o serviço de caixa postal. É um desafio encontrar as coisas aqui…
Os táxis são comunitários. Como o transporte público aqui é horroroso (os ônibus são chamados de Diabo vermelho – imagina) as pessoas usam muito o táxi. Eles são bem baratos, mas ficam ainda mais barato se você compartilhar. Ou seja, se não avisar o motorista que não quer dividir, ele vai parando no caminho perguntando para as pessoas para onde elas vão e se estiver mais ou menos no caminho ele manda entrar. Paga mais barato, mas pode demorar bem mais para chegar no destino final.
O país praticamente não tem moeda local. O dólar americano é a moeda principal. Quando você faz um saque só sai nota de 20, já que a de 100 são evitadas ao máximo. A moeda local seria a Balboa, mas só existe em moedas que são exatamente do mesmo tamanho e cores que as americanas.

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