terça-feira, 22 de maio de 2012

Curso de Culinária: Sabores da Índia.

Escutando a rádio, ouvi uma propaganda sobre curso de culinária. A Escola se chamava Mise en Place... como tenho cozinhado mais aqui do que no Brasil, achei uma boa idéia verificar o que oferecia. A escola era do lado de casa!!! Tá certo que nada aqui é longe, mas o negócio era na rua de trás da minha. Tinha uns cursos bem interessantes. Então consegui companhia de outros brazucas já que meu marido preferia ver futebol em casa e fui no Curso de Sabores da Índia.

Pensava que cada um iria fazer sua própria comida, suas receitas, mas no final era todo mundo fazendo tudo. E a chef era uma general!!! Felizmente a comida era sensacional então o resultado foi positivo.

No final de semana, um dos meninos que fez curso comigo, teve a brilhante idéia de que cozinharíamos para toda cambada de brazucas no Sábado junto com a final da Champions. O primeiro desafio foi encontrar os ingredientes... as milhares de especiarias que vão nas receitas... foi um parto encontrar a loja de artigos hindus. Mas encontramos. Um roubo!!! O tal açafrão em fios custava USD15!! E era um potinho nanico! Depois ficamos 3 horas cozinhando e um dos meninos que picou o jalapeño queimou as mão... mas aparentemente o pessoal gostou do nosso almoço...

No dia seguinte, foi aniversário de um dos meninos e fizemos uma festa surpresa, com direito a hot dog, pipoca, pão de queijo e brigadeiro. Obviamente não é nada igual ao do Brasil, mas foi legal.

domingo, 13 de maio de 2012

Final de semana normal

Íamos continuar a maratona de passeios pelo Panamá. Mas o tempo estava ruim no sábado. No final das contas nem choveu, mas ficou nublado o dia todo.

Compramos uma mesa para nosso escritório. E passamos o resto da tarde em casa. Tentei usar meus dotes culinários. No almoço, comemos strogonoff e o le reste do dia anterior. Estava razoável. Dormi a tarde e usei a piscina pela primeira vez!! Depois fiquei bodeada. Pedimos pizza e comemos em casa.

Hoje tentei fazer o bolo que minhas duas irmãs fazem muito bem. Já tinha tentado na sexta-feira e tive que jogar fora. Dessa vez ficou melhor mas ainda assim não ficou exatamente igual... definitivamente não tenho jeito para a cozinha.

Esse final de semana normal me fez sentir mais saudades das pessoas do Brasil. E o dias mães potencializou esse sentimento...

Preciso me acostumar que esse tipo de final de semana... normal... e começar a aproveitar as coisas boas do Panamá.

Por exemplo: fazer aula de tênis - que está mais barato e a 4 quadras da minha casa e natação - a piscina está a uma quadra. Tenho dormido mais cedo e portanto tenho consseguido acordar mais cedo... assim posso aproveitar para fazer mais esporte. Será que vou conseguir?

San Lorenzo e Portobelo

Dando sequência aos finais de semana com passeio e aproveitando um feriado de última hora (um ex-presidente morreu na sexta-feira e declararam feriado na segunda), fomos conhecer lado Atlântico do Panamá. Tanto San Lorenzo como Portobelo estão perto de Colón.

Foi um parto chegar lá. Não porque a estrada era ruim, mas porque nos perdemos. Ainda bem que tínhamos um celular com GPS. No caminho para San Lorenzo vimos coisas muito interessantes. Primeiro porque para chegar lá, temos que cruzar o canal. A gente passa do lado de uma das portas da eclusa!


E depois porque até chegar no forte, a gente encontrou um monte de gente parado no meio da estrada. Eles paravam o carro de qualquer jeito. e estava com sacolas e baldes... o que estavam pegando? Parecia fruta. Mas eram caranguejos! Um monte deles!

O forte ficava num penhasco, a beira do Caribe. Tem pouca coisa em pé, mas a vista é bonita. Valeu a pena.


Em compensação, Portobelo...embora indicado pelo guia que comprei, a cidade é horrorosa. Feia, suja, fedida. Fomos visitar a igreja de San Felipe, onde tem um Cristo negro. Visitamos a Aduana e fomos almoçar no lugar indicado pelo guia. Deu um pouco de receio, mas como estávamos com fome, ia ter que ser lá mesmo. No final, a comida estava gostosa e era muito barato. Mas esse passeio eu não recomendo, não.

El Valle de Anton

El Valle de Anton é tipo uma Campos de Jordão local. Fica na direção sul em relação a cidade do Panamá, depois de Punta Chame. No caminho passamos pela Ponte das Américas, que une a América Central e a América do Sul. É bem legal.

O caminho depois que saímos da estrada parecia com o caminho para Monte Verde. Bem tortuoso. Lá tem um monte de passeios ecológicos para fazer. O primeiro que fomos era uma cachoiera. El Macho. Pagamos uns 5 dólares cada um. Na entrada o cara te dá um pedaço de pau para caminhar. Pensamos que o caminho ia ser bem difícil por isso. Depois de ver uma quedinha de água seguimos caminhando. Uns passos depois, damos de cara com a saída! What??? Aquilo que a gente tinha visto na entrada era o tal El Macho???  Fomos até a piscina natural do lado desta queda de água. Era bonitinha e a água estava gelada.

Depois fomos almoçar num lugar espetacular. La Casa de Lourdes. A comida era gostosinha, o lugar era o forte do restaurante. Parecia uma casa européia no meio da Toscana. Valeu a pena.


Antes de irmos fomos ver as tais árvores quadradas. Intrigante, não? Depois de entrar no meio do mato e andar por uma meia hora, encontramos as tais árvores quadradas. Dizem que elas só existem no Panamá e na Costa Rica... até eram meio quadradas, mas acho que esperávamos mais...


Na próxima ver, quero escalar a Índia dormida. É um morro que parece ter a forma de uma Índia dormindo e tem um monte de lendas por trás dela...

Nitro City - esportes radicais

Nitro City é um hotel no Pacífico, praia de Punta Chame, na direção sul da cidade do Panamá. O dono é um corredor de motocross americado. Lá dá pra treinar wakeboard - um motor puxa a pessoa que está com a prancha nos pés através de uma corda. E tem umas rampas para quem já é mais experiente para fazer umas manobras. O Eduardo se aventurou. Eu ia, mas como o máximo são 6 pessoas por hora e estávamos com outros meninos, acabei desistinho. Ainda bem, ia passar a maior vergonha.


Além disso, tem pista de motocross, jet ski, quadriciclo, sky diving. Pagando um day pass, é possível utilizar a piscina. O lugar é bem legal para passar o dia. Tem um restaurante, onde almoçamos.

Além do nosso grupo, encontramos mais pessoas da empresa por lá... Big Brother total.

Primeiras semanas no Panamá

Na primeira semana fiquei no Sheraton. No trabalho estava a maior maratona. Tentando aprender, tentando liderar e tendo que entregar um monte de coisas. Assim, ficar no hotel me ajudaria a na adaptação.

Eu cheguei no domingo. Tomei coragem, peguei o carro alugado e fui dirigindo para a cidade. Até que foi fácil. O Eduardo chegou na terça-feira. E a Chanti chegou no mesmo dia, algumas horinhas depois. Os dois ficaram no apartamento desde o primeiro dia. A casa estava imunda.

Ficando por lá, sem carro e levando a Chanti para passear, o Eduardo acabou conhecendo todo mundo do prédio e do bairro. Ele arranjou a faxineira. Uma moca chamada Yoryina, da Nicarágua. Ela foi lá e limpou. Não foi uma Brastemp, mas melhor que nada. Ele conseguiu que fossem instalados a internet e o telefone.

Jantamos fora todos os dias daquela semana. No domingo me mudei para a casa nova. Foi uma sensação meio estranha. Como se começasse a cair na real.

Mas a correria do trabalho e as mil coisas que a casa demandava nao me deixaram muito tempo para pensar. Por enquanto o tempo livre foi ocupado por comprar coisas pra casa, seja de supermercado, seja utensílios domésticos. Temos saído com os brasileiros daqui. Fazemos passeios de 1 dia para conhecer o Panamá, saímos para comer. O Panamá tem coisas bem interessantes pra fazer, mas a cidade em si é um ovo. E eu particularmente gosto da impessoalidade das cidades grandes. Aqui não tem como sair e não topar com as pessoas da empresa. E isso é algo que eu terei que me acostumar.